MT Então veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo:
– Eu é que preciso ser batizado por ti e tu vens a mim?
Jesus, porém, lhe respondeu:
– Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda a Justiça.
Então ele consentiu. Batizado Jesus, saiu logo da água. LC E estando Ele a orar, o Céu se abriu. MT E João viu o Espírito Santo de Deus descendo LC sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba. MT E eis que uma voz dos Céus dizia: “ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUEM ME COMPRAZO”.
Notas do Autor: MT 3:13-16a; LC 3:21b; MT 3:16b; LC 3:22; MT 3:17
ENTÃO VEIO JESUS... PARA SER BATIZADO POR ELE. Quando Jesus completou trinta anos, procurou João Batista para que este O batizasse. João tentou impedi-Lo, por três motivos:
1- O Batismo de Arrependimento é para lavar pecados, e Jesus não tinha nem pecados para lavar.
2- O Batismo é para Salvação, e Jesus dela não precisava, porque é o próprio Salvador.
3- O Batismo é para introduzir o salvo no Reino dos Céus, e Jesus é o próprio Rei que vai introduzir a humanidade no Reino de Deus.
ASSIM NOS CONVÉM CUMPRIR TODA A JUSTIÇA. Jesus lembrou a João que o Batismo é um ato requerido pela Justiça de Deus e que todos devem cumpri-lo. Ao se batizar, Jesus mostrou que nenhuma pessoa, por melhor que seja, está dispensada de cumprir esta ordenança da Justiça de Deus. João Batista compreendeu bem a colocação do Senhor Jesus e O batizou.
JOÃO VIU O ESPÍRITO SANTO... E EIS QUE UMA VOZ DOS CÉUS DIZIA. A presença do Espírito Santo e a Voz do Pai no batismo do Filho mostram a Santíssima Trindade na fórmula do Batismo, conforme Jesus ordenou em Mateus 28:19b: “Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O Testemunho de João
JO E João deu testemunho, dizendo:
– Vi o Espírito descer do Céu como pomba e repousar sobre Ele. Eu não o conhecia; mas O que me enviou a batizar com água, Esse me disse: “AQUELE SOBRE QUEM VIRES DESCER O ESPÍRITO, E SOBRE ELE PERMANECER, ESSE É O QUE BATIZA COM O ESPÍRITO SANTO”. Pois todos nós recebemos da Sua plenitude e graça sobre graça. Porque a Lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus. O Deus Unigênito, que está no seio do Pai, Esse O deu a conhecer. Eu não O conhecia; mas, para que Ele fosse manifestado a Israel, é que vim batizando com água. Este é Aquele de quem eu disse: Depois de mim vem um varão que passou adiante de mim, porque antes de mim Ele já existia. Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que Este é o Filho de Deus! Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Notas do Autor: JO 1:32-33; 1:16-18, 31, 30, 34, 29
O CORDEIRO DE DEUS. Cerca de 1440 a.C., quando os filhos de Israel foram libertados da escravidão no Egito, cada família sacrificou um cordeiro perfeito e espargiu o sangue sobre o madeiro de cada porta, para que a Morte não entrasse na casa (Êx 12). Em comemoração àquele livramento e libertação, Deus deu ordem para que o povo anualmente celebrasse a Páscoa, sacrificando um cordeiro perfeito. Desde a saída do Egito até João Batista, cerca de 1.440 Páscoas haviam sido celebradas ou lembradas, de modo que a figura do sangue do cordeiro que livra da Morte e liberta já estava bem arraigada no consciente coletivo do povo de Israel. João fez uma declaração perfeitamente compreensível para os seus ouvintes. Mesmo assim, tal declaração soou um tanto estranha: Como um Homem poderia ser o Cordeiro? O maior profeta já nascido de mulher estava profetizando, três anos antes, que Jesus seria sacrificado como Cordeiro Perfeito para libertar o ser humano da escravidão do pecado e, com o Seu sangue puro que foi espargido no madeiro da Cruz, livrar da Morte toda a pessoa que tem a cobertura do Seu sangue.
QUE TIRA O PECADO. O Profeta Isaías viu, setecentos anos antes, o Homem sendo oferecido como Cordeiro pelos pecadores e escreveu: “Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca. Como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim Ele não abriu a boca. Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado. E quem dentre os da sua geração considerou que Ele fora cortado da Terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo?” (Is 53:5-8). Como se vê, Jesus estava destinado como Cordeiro ao sacrifício, bem antes de nascer neste Planeta. O apóstolo Pedro escreveu que este Plano Divino de oferecer o Cordeiro Humano era anterior à fundação do mundo. Ele diz na sua primeira carta: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (I Pe 1:18-20). Apocalipse confirma este Plano e diz sobre Ele: “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8b).
DO MUNDO. João esclarece que Jesus não é apenas o Cordeiro que tira os pecados de uma nação, mas do mundo inteiro.